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domingo, 14 de agosto de 2016

Feliz dia dos Pais!

Pai...
Outro dia eu estava na sala e você me gritou do quarto: - Filho, consegue colocar mais uma coberta que o pai tá com frio?
Eu pensei em resmungar e mandar você mesmo fazer isso, mas, ai me lembrei de todos chás que você já fez para me ver melhor do resfriado, ou da dor de barriga, ou da dor de garganta, ou de qualquer dor que eu sentisse.
Lembrei também, das noites em que veio me cobrir, ou que veio medir a minha febre de 10 em 10 minutos.
Fui, cobri o senhor com outra coberta, mas voltei para sala e continuei pensando, em você Pai.
Lembrei-me então, dos tempos de criança, lembro que você algumas vezes não queria brincar pois havia trabalhado o dia todo em baixo do sol e estava com muitos problemas na cabeça. Lembro que eu ficava chateado. Mas lembro também da sua cara de preocupação, do cansaço estampado no olhar.
Lembro como se fosse hoje também, das noites em que eu estava dormindo, e ouvia alguém chegando no meu quarto, via que era você e fingia continuar dormindo. Sei que por diversas vezes, mesmo cansado, você vinha ao meu quarto, simplesmente para ver se eu estava bem, colocava as mãos sobre minha testa para ver se eu estava com febre, ajeitava o cobertor, me dava um beijo e voltava a deitar.
Se eu quebrava um dente, lembro que você deixava algumas moedas embaixo de meu travesseiro. Eram poucas naquela época, e com certeza, sem muito valor, mas hoje eu percebo que essas moedas valiam ouro. Porque esses simples gestos não saem da minha cabeça.
Sempre demonstrei ser muito forte, mas quando você saía para trabalhar ou viajar, eu ficava apreensivo, nunca lhe contei, mas meu coração doía de saudades. Pedia a Deus que lhe protegesse e lhe trouxesse de volta. Como prometido, você sempre voltava.
Sofrido, abatido, cansado e sujo, mas voltava.
Hoje fico pensando, se você é tão importante para mim, por que às vezes eu o esqueço?
Por que não tenho tempo para sentar do seu lado e te escutar?
Por que às vezes não consigo retribuir todo o seu carinho?
Você me carregou no colo muitas vezes, pegou filas e filas para um atendimento médico, perdeu noites de sono, pediu dinheiro emprestado para não deixar faltar comida em casa, até vendeu sua casa quando tudo estava difícil.
Por quê as vezes sou ingrato?
Hoje lhe vejo um pouco mais frágil, com a coluna desgastada pelo tanto tempo trabalhando de pedreiro, seus cinquenta e poucos anos as vezes pesam.
Apesar de tudo isso, todas as manhãs você está sempre alegre e disposto.
Seja para me dar um bom dia animado, ou para fazer aquela torrada de café da manhã que eu gosto tanto, ou para fazer outros agrados. Não entendo. Apesar de toda sua bondade, às vezes ainda sou rude, reclamo da vida, dos negócios feitos ou desfeitos e mesmo assim você tem toda paciência comigo.

Então, pai, desculpa pela demora, mas quero confessar, que tento ser você todos os dias, antes de fazer algo, penso no senhor e no que o senhor faria. Já não me importo mais com o que as pessoas vão pensar se eu te abraçar em público, te beijar o rosto, hoje, mesmo com meus vinte e um anos, quero que me segure no colo como segurava quando eu era pequeninho, pois, não conta pra ninguém, mas você continua sendo o meu super-herói.

Texto ajustado por: Vinícius Daniel Bedin